A vida do nosso tempo e contexto clama pela necessidade de profissionais que possuem qualidades humanas e técnicas capazes de agregar valores no cumprimento das suas atribuições que se resumem na CHAVE: C=Competências; H=Habilidades; A= Atitudes; V= Valores; E= Ética, bem como nos quatro pilares da educação para o século XXI propostos pela UNESCO: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
O Presidente João Lourenço fez (e bem) do combate à corrupção um dos pilares da sua governação. O fenómeno da corrupção é complexo, com tentáculos espalhados por todo o tecido económico e o seu combate levará tempo. Apesar disso, a situação económica reclama por uma nova visão do país sobre os planos de combate à corrupção.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
Hoje mais do que nunca é ponto assente a necessidade de mudar urgentemente a relação entre as pessoas e a natureza. O actual modelo de criação de riqueza mundial prosperou à custa da degradação de recursos naturais e da desigualdade social, impedindo o crescimento sustentável da economia mundial.
Na semana finda, assistimos à 2ª edição dos Prémios de Responsabilidade Social Angola 2024, da Forbes África Lusófona, em que um conjunto de empresas nacionais foram contempladas com prémios de reconhecimento e menções honrosas, das suas acções de responsabilidade social, e que de certa forma estas empresas estão a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
Estes eventos denotam que a responsabilidade das empresas nas sociedades têm um papel que vai muito além de criar empregos e gerar riqueza, pois devemos pensar no empresário como um agente de transformação social. E esta transformação abrange a dimensão do indivíduo, passa pela dimensão da família e alcança a dimensão da sociedade.
Comecemos pela dimensão do indivíduo. O trabalho é fonte de realização para o ser humano, e sobretudo na sociedade moderna em que ele dedica a maior parte de seu tempo à actividade profissional. Ao proporcionar ao indivíduo uma oportunidade de trabalho, a empresa também lhe oferece uma oportunidade de se desenvolver e realizar. Proporciona ainda o ensejo do indivíduo inserir-se numa estrutura social, sentir-se parte de algo – e o "fazer parte” também é uma necessidade importantíssima da personalidade humana.
Vale ressalvar que dar emprego não é tudo, é preciso também valorizar o indivíduo, considerar suas necessidades, dar-lhe condições de trabalho, desenvolvimento e tratá-lo de maneira ética.
Na dimensão da família também se faz sentir a influência dos empresários. Porque ao dar emprego ao indivíduo, a empresa proporciona ao núcleo familiar melhores condições de vida. Numa família em que pelo menos as necessidades básicas são supridas, há melhores condições de desenvolvimento físico, mental e emocional para os seus integrantes, garantindo assim futuras gerações de cidadãos equilibrados e saudáveis.
Já na dimensão da sociedade, o papel transformador do empresariado pode actuar em vários aspectos. O mais evidente é o económico, já que o empresário é gerador de emprego e renda. Outro aspecto importante, sem dúvida, é o cultural, as empresas têm cada vez mais incentivado o desenvolvimento da literatura, da música, do teatro e das artes plásticas por meio de patrocínios. Estas actividades não só ajudam a construir o património cultural do nosso país mas também contribuem para elevar o nível cultural dos cidadãos.
É também de grande importância o papel dos empresários na educação, pois ao apoiarem e injectarem recursos em instituições de ensino e qualificação profissional, os empresários estão a ajudar a aprimorar as aptidões, habilidades e competências técnicas dos cidadãos, estão também a participar do processo de inclusão social de pessoas desempregadas e marginalizadas, contribuindo para o equilíbrio social.
Existem ainda outras acções que as empresas podem adoptar para contribuir para o desenvolvimento da sociedade. São bons exemplos o compromisso com as questões ambientais, a participação em ONGs, a ajuda financeira a hospitais, o apoio a projetos sociais para comunidades. Ao investir nessas áreas, a empresa demonstra que não está preocupada apenas com a exploração económica de recursos, mas também com o desenvolvimento do país e cidadãos. É uma maneira de retribuir ao país o que ele lhe dá. Outro benefício gerado por essas ações, sem dúvida, é a maior adesão das comunidades aos projetos empresariais, ampliando a sua penetração nos mercados. Portanto, são acções que não devem ser encaradas como um custo, mas devem enquadrar-se no campo da pura estratégia empresarial.
Estamos completamente convencidos de que os empresários nacionais têm tudo para desempenhar com brilhantismo o seu papel de transformadores da sociedade.
* Economista
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