Trata-se dos estilos Onieña e Etopokela, utilizados normalmente nas festas da puberdade, Efiko, onde as mulheres que atingem os 14 anos de idade, passam doravante a se assumir como adultas e a estarem preparadas para o pedido de casamento.

O ancião Faustino Tchivangulula, um dos mais antigos integrantes do grupo, explicou ao Jornal de Angola que a presença do grupo Kamatembas "não vai ser muito para conquistar o prémio, mas para dar a oportunidade aos turistas nacionais e estrangeiros de conhecer os hábitos da região da Huíla”.

Quem se deslocar à Praça João Paulo II, disse, vai saber um pouco mais das raízes ancestrais do grupo etnolinguístico Nhyaneka-Nkhumbi que até hoje, preserva os costumes das comunidades. "Estamos bem conservados nos municípios da Humpata, Chibia, Lubango, Cacula, Quipungo, Gambos e Quilengues”.

Faustino Tchivangulula referiu que os sons dos batuques e canções têm estado a tornar o ambiente ensurdecedor, onde a actual festa do Carnaval, não vai ser uma excepção dada a preparação cuidada e detalhada dos membros do grupo. "Estamos com certa idade que merece já passar o testemunho de modo que se preservem sempre os valores ancestrais”.

O presidente da Cooperativa do Carnaval (COPAC), Pedro Mussunda garantiu que está tudo preparado para a realização da maior festa popular nacional à medida em que os incentivos do governo provincial da Huíla estão a servir de incentivo para apoio às indumentárias e outros adornos dos grupos.

 
Prémios incentivadores

O anúncio do aumento de um milhão e quinhentos mil kwanzas pela Comissão Preparatória do Carnaval local, ao vencedor da presente edição do Carnaval, galvanizou a maioria dos grupos.

Enquanto que o segundo e terceiro classificados da edição 2024, são agraciados com a quantia de setecentos e quinhentos mil kwanzas, respectivamente. Este ano participam do desfile central 17 grupos carnavalescos, dos quais sete são infantis.