A Organização das Nações Unidas (ONU) considera importante incutir hábitos sustentáveise consciência climática nas famílias desde cedo, pelo papel que desempenham na transmissão de valores ao longo de gerações.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
Com 32 anos, pai de duas crianças, Augusto, natural da província de Malanje, conta que veio para Luanda ainda pequeno devido à guerra. "Meus pais, para me proteger, decidiram mandar-me para a capital, onde fiquei na casa do meu tio e pude estudar", disse.
A sua infância, lembra, foi desafiadora por crescer longe da família. "Foi turbulento estar distante de todos. Vim sozinho, meus pais ficaram tentando trazer outros irmãos para Luanda. Mas, graças a Deus fui bem acolhido pelo meu tio, que custeou a minha educação até ao ensino médio", destacou.
Filho caçula de quatro irmãos, explica que, ao atingir a fase adulta, conseguiu seu primeiro emprego facilmente, pois o seu tio tinha uma loja onde começou a trabalhar e ganhar algum dinheiro. Sentindo a necessidade de crescer na vida, decidiu comprar uma motocicleta e começou a trabalhar como mototaxista.
A trabalhar como mototaxista há mais de três anos, Augusto destaca que a profissão não tem sido fácil, exigindo esforço, empenho e dedicação para seguir em frente. Ele acredita que o segredo para o sucesso está na "humildade e no respeito”.
No dia em que encontramos Augusto, estava ao lado da sua motocicleta vermelha, usando capacete de protecção e vestindo calça jeans, camiseta azul e uma mochila nas costas, um visual que faz parte da sua rotina de trabalho. O jovem, que valoriza o trabalho, diz ter encontrado no serviço de mototáxi uma oportunidade de não ficar desempregado. Ele destaca que é o único trabalho disponível no momento e que aproveita essa oportunidade para garantir o sustento de sua família.
A rotina de trabalho de Augusto, residente em Viana, começa cedo, por volta das cinco da manhã, e vai até às 18 horas. Diariamente, consegue ganhar entre cinco e dez mil kwanzas, ou até mais, naqueles dias com muitos passageiros.
Além de pagar os estudos de uma de suas filhas e suprir as necessidades básicas da casa com o que ganha, Augusto, proveniente de uma família humilde, é também um empreendedor que espera, num futuro breve, desenvolver outras actividades comerciais. Ele pretende continuar os seus estudos e tornar-se um empresário de sucesso.
"Aconselho a juventude a não depender apenas dos pais e tios e a não se envergonharem de nenhum trabalho honesto. O importante é garantir o próprio sustento e o da família", destaca Augusto.
"Não importa se és mecânico, roboteiro, taxista ou faxineiro, mano, bumba sem vergonha, desde que não estejas a roubar ninguém. O trabalho dignifica o homem, não vivam de aparência, lutem para ultrapassar as barreiras e auto-superar-se, porque só vence quem se esforça”, acautelou.
Ele encoraja todos a lutar para superar desafios e alcançar o sucesso, independentemente da profissão escolhida.
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