O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
A exposição colectiva “Beyond Boundaries” (Além dos limites, tradução em português), com obras de artistas plásticos nacionais e estrangeiros, aberta no passado dia 24 de Outubro, na “Galeria This Is Not A White Cube”, em Lisboa, fica em exibição até ao dia 9 do próximo mês, após a extensão do prazo de visitas, informou em exclusivo a produção.
Com obras de Luís Damião, Nelo Teixeira, Cristiano Mangovo e Uólofe Griot, a mostra tinha, inicialmente, encerramento marcado para 21 de Novembro, mas viu estendido o período de visitas para mais de 40 dias.
Segundo a produção, que confirmou o facto ao Jornal de Angola, a decisão foi tomada de forma conjunta e unânime, entre a gestão do espaço, artistas e curadoria.
A exposição resulta da reunião de obras produzidas entre 2020 e 2023, que integram colecções dos angolanos Luís Damião, Nelo Teixeira, Cristiano Mangovo e Uólofe Griot, de Rómulo Santa Rita (Portugal), Gonçalo Mabunda (Moçambique) e Samuel Nnorom (Nigéria).
Constam peças de colecções como "Fragmentos da Chicala”, de 2021, de Nelo Teixeira. Entre elas, constam peças produzidas com as técnicas mistas sobre papel artesanal, folha de metal, folha de ouro e tinta spray, acrílico, objectos reciclados e outras mistas sobre madeira e tecido africano com estampa de cera.
A produção refere que a exposição exorta o público a viajar sobre a diversidade criativa no panorama da arte contemporânea africana e sobre alguns dos questionamentos que esta levanta através dos seus ciclos de renovação constante, forjados pela transfiguração incessante a que assiste a sociedade global em que se integra e que espelha.
A exposição assume-se como manifesto de celebração da diferença e do espírito humano livre, que estes sete artistas materializam em formas tangíveis e intemporais, explica uma nota, para acrescentar que se trata de uma unidade que traduz a celebração da diferença e reflecte uma paisagem social múltipla em constante renovação.
"Através de um discurso expositivo laborioso, questiona-se de forma central a noção inveterada de ‘fronteira’, seja no que diz respeito à sua acepção no campo da delimitação territorial em África, seja no que concerne à ideia de estratificação ou dissolução aplicada às disciplinas artísticas integradas da escultura, da pintura e do desenho com contornos tridimensionais”, justifica.
Perfil dos artistas angolanos
Nelo Teixeira é um autodidacta que cria pinturas e instalações únicas baseadas em diversos materiais, como papel, madeira, tecido e outros objectos encontrados que constituem o desperdício da cultura de consumo da sociedade contemporânea.
Nelo Teixeira explora criticamente o conceito de fronteiras - físicas e psicológicas - entre o bairro da Chicala e a cidade em construção, questionando o seu desenvolvimento.
Influenciado por estas experiências de trabalho em estreita colaboração com a pintura e outros artistas plásticos, Nelo decidiu seguir a carreira de artista e, em 1993, concluiu as oficinas de pintura e escultura da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP).
Passou a expor regularmente desde 2000, no país e no exterior, tendo com destaque a participação e residência nas galerias Not a Museum, em Lisboa e em Luanda, e no Pavilhão de Angola na Bienal de Veneza 2015, Itália, além de Lisboa.
Nelo Teixeira nasceu em Mbanza Kongo, província do Zaire. Integrou o grupo "Os Nacionalistas”, desde a década de 1990.
Cristiano Mangovo nasceu em 1982, em Cabinda. Graduado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Kinshasa (RDC), Cristiano Mangovo tem participado em residências artísticas e realizado exposições individuais e colectivas em diferentes países, como África do Sul, RDC, Portugal, França, EUA, e Itália, onde se mostrou na Expo Milão 2015, com "Seeds of Memory”, e na VII Bienal Internacional de Gravura do Douro, em Portugal.
Luís Damião pertence a uma família com fortes raízes artísticas. Filho do saudoso fotógrafo Paulino Damião (Kota 50) e irmão do artista plástico Lino Damião, o artista não diferiu na paixão pelas câmaras fotográficas, pincéis, espátulas, tintas e telas. Envolveu-se desde cedo com o mundo da arte e da cultura como autodidacta, dando os primeiros passos no universo da fotografia pelo impulso do pai e inspirado pelo irmão, numa altura em que já frequentava o atelier do consagrado e falecido artista plástico Víctor Teixeira (Viteix).
Em 2002, apresentou-se publicamente pela primeira vez através do projecto artístico colectivo denominado "Art & Moda”, realizado no Espaço Cultural Elinga: uma exposição de jovens artistas de reconhecido talento nas modalidades de pintura, escultura e moda. Em 2012, realizou a primeira exposição individual de fotografia intitulada "Mulheres do dia-a-dia”, na galeria De Maio, da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP).
Uólofe Griot é o pseudónimo artístico de Simão André Sebastião, um artista e designer formado pela Faculdade de Artes de Angola. Natural de Luanda, é membro da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP). Em 2018, ganhou o Prémio Juventude Ensa Arte, na XIV edição. Em 2022, foi no Grande Prémio primeiro classificado em pintura, na XVI edição do Ensa. As suas obras são, actualmente, parte de importantes colecções nacionais públicas e privadas.
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