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China avisa EUA para evitar pisar as “linhas vermelhas”

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, advertiu o homólogo norte-americano para que Washington não pise as "linhas vermelhas" de Pequim, informou, ontem, a agência chinesa de notícias.

27/04/2024  Última atualização 12H05
Wang Yi, MNE da China © Fotografia por: DR

"A China e os Estados Unidos devem manter a direcção certa de avançar com estabilidade ou voltar a uma espiral descendente?”, questionou Wang, durante um encontro com Blinken, em Pequim.

A relação entre a China e os Estados Unidos está a começar a estabilizar, mas continua a ser testada por "factores negativos”, acrescentou.

O responsável da diplomacia chinesa frisou que Pequim respeita as linhas vermelhas em matéria de soberania, segurança e desenvolvimento e advertiu os EUA para não as ultrapassarem.

"Os factores negativos na relação EUA-China continuam a aumentar e a desenvolver-se, e a relação está a enfrentar todos os tipos de perturbações”, alertou Wang.

Para o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, "os direitos legítimos de desenvolvimento da China foram injustificadamente suprimidos e os nossos interesses fundamentais estão a enfrentar desafios”.

Wang não especificou quais são os desafios, no entanto, existem vários pontos sensíveis entre as duas superpotências, incluindo as suas posições sobre o Mar do Sul da China, o apoio dos EUA ao Governo de Taiwan e os Direitos Humanos.

"A comunidade internacional está a observar se a China e os Estados Unidos podem orientar a cooperação internacional para resultados mutuamente benéficos ou para o confronto", realçou Wang, sublinhando que isso vai afectar todo o mundo.

Blinken foi mais circunspecto nos seus comentários durante a conferência de imprensa, ao responder que era necessária uma "diplomacia activa” para avançar com a agenda estabelecida entre Joe Biden e Xi Jinping, quando se encontraram em São Francisco.

"Não há substituto, na nossa opinião, para a diplomacia cara a cara”, realçou o secretário de Estado norte-americano, acrescentando que quer garantir que "somos tão claros quanto possível sobre as áreas em que temos diferenças, no mínimo para evitar mal-entendidos, para evitar erros de cálculo”.

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